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Vila Velha
Artigos

 A Ilha das Garças - “ O Tempo Pode Mudar”
Autor: Eliaro Beltrame Pereira
Verão de 2000.

Eu e alguns amigos combinamos passarmos o final de semana anterior o carnaval
pescando na Ilha das Garças. Cada um ficou com uma responsabilidade.
Desde ver a previsão do tempo e da ondulação até comprar iscas e mantimento para
todos os 8 ou 9 se não me engano, que iriam no passeio.

No sábado após o almoço, nos reunimos para combinarmos o horário de partida,
e conferirmos se não estava faltando nada, para não ficarmos na mão, já que iríamos passar a noite na ilha pescando.
 O tempo estava bom, ensolarado, não ventava, e não havia ondulação alguma, sendo uma condição ideal para irmos, alguns iriam de prancha, outros no bote que providenciamos, contudo ficou combinado sairmos às 15:00h.

Chegando na praia, partimos sem maiores problemas, levamos uns 25 minutos, pois
para dois de nós, era a primeira vez que ia à ilha. Chegando, começamos a nos
acomodar, armando as redes e nos aconchegamos na parte coberta aberta da
base da Adevipa, guardando o bote entre outros.

Neste mesmo final de semana que antecede o carnaval, é de costume na orla da
Praia de Itaparica, o desfile de blocos de carnaval de rua, com trio elétrico e tudo.
Onde me lembro de alguns, com nomes bem sugestivos, como o bloco "Rola Cansada",
 o bloco do "Saco roxo", entre outros.


Por volta das 16:30h, iniciei minha caminhada em torno da ilha, para ver se havia
algo anormal e se éramos os únicos ali. Foi quando senti um vento frio logo ao
chegar na parte Leste da ilha, onde a arrebentação é mais forte.
Ao chegar na parte sul da ilha, vi no horizonte uma grande nuvem carregada, e pelo
sentido do vento, vindo em direção a Itaparica.

Acelerei o passo para tomar as providências para nos prepararmos se esta
chegasse a nós. Ao chegar na base, avisei à todos. Como o vento diminuiu,
ficamos tranqüilizados.

Notamos que os blocos estavam passando em frente a Ilha das Garças, já era por volta
das 17:00h, um de nós havia levado fogos, para soltá-los no momento em que os blocos
passavam, sendo o que aconteceu. Neste momento, alguns já estavam a beira da água
pescando, outros comendo um lanche, e alguns na base conversando.

Entre lanche, conversa e pescaria, o último dos fogos a ser solto, foi por volta das
19:30h. E como fiquei sabendo, neste exato momento a mãe de um de nossos
amigos estava na praia. Imaginou que os fogos eram um pedido de socorro, e logo
fez contato com os parentes e amigos de todos que ali se encontravam.

Por volta das 20:00h começou a chover, e nos aconchegamos na base, sem maiores
problemas, contudo coisa de meio hora depois o vento começou a ficar mais forte.

E neste tempo na praia já havia uma certa mobilização de parentes e amigos para
saber o que ocorria na ilha, e nem para termos a idéia de levar um celular para ilha.

Por volta das 22:40h, avistei uma luz vindo em direção da ilha, e para minha surpresa
um bote motorizado, era o corpo de bombeiros, com a "missão" ver o que ocorria
na ilha, após ligações e mais ligações dos parentes e
amigos que encontravam-se a beira da praia.

Conversando com o bombeiro, me informou, que havia como levar 4 de nós,
sugeri que estes fossem os que haviam vindo a ilha pela primeira vez e por terem menor experiência com o nado e o mar agitado, logo se prontificaram e foram, chegando a Praia de Itapuã, pois não havia como os bombeiros entrarem com o bote por Itaparica, foram recepcionados por parentes e amigos, e para maior vergonha até por uma ambulância do bombeiros, sem contar que isto tudo bem próximo ao palanque de shows de verão armado na praia, causando a aglomeração de curiosos.

E na ilha, logo ao partirem sugeri aos amigos para tentarmos dormir um pouco,
foi o que fizemos apesar das goteiras e do tempo muito frio.

Logo no domingo ao acordar por volta das 05:00h, vi que o tempo havia melhorado,
o tempo ensolarado e o mar calmo, notei que algumas maças haviam sido degustadas
por alguns preás que rodeavam a base. Acordei a todos para após o acontecido
tentarmos aproveitar o máximo até o meio dia, e irmos embora.

Para ajudar na hora de começarmos a recolher os objetos para voltarmos para casa
tive a ligeira sensação que havia mais objetos que imaginava, foi então que cai por si
e lembrei que os que voltaram com os bombeiros não levaram nada.

Por fim, cada um pegou sua prancha e mochila, e sobrou o bote com um punhado
de objetos dentro, desde, sandálias, molinetes, panelas, iscas, pé-de-pato
..... Ahhh.. Sem comentários....

Amarrei o bote ao meu tornozelo com auxilio do estrepe da prancha, e comecei,
a dura volta, que me durou em torno de 40 a 50 minutos de braçadas, chegando na
areia exausto. Graças que os que haviam voltado de bote com os bombeiros nos
aguardavam para ajudar a carregar as coisas para nossas residências.

Comemorando os 1,5kg de peixes pegos, todos são e salvos, a noite entre amigos,
a pescaria, o clima agradável, e o bote querido do qual nunca me esquecerei..

Não tem preço...

Veja As Fotografias da Ilha das Garças - Coqueiral de Itaparica - Vila Velha - ES

   

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